terça-feira, 28 de agosto de 2018

A concorrência e a importância da marca


Alguns mitos envolvendo o mercado de distribuição de combustíveis no Brasil precisam ser esclarecidos
Adriano Pires, O Estado de S.Paulo

25 Agosto 2018 | 04h00
A marca no setor de combustíveis tem um papel importante na escolha do consumidor. Isso porque os combustíveis têm características específicas cuja percepção não é evidente, sobretudo nos quesitos qualidade e segurança. Ou seja, o consumidor não tem condições de julgar e escolher por mera inspeção nem a qualidade nem a segurança do produto.
Com isso, na conquista do mercado, as empresas detentoras de marca precisam ganhar a confiança do consumidor. Isso requer investimentos sistemáticos em logística, segurança, desenvolvimento de produtos e qualidade de serviços, que levam o consumidor a associar o desempenho – intimamente ligado à necessidade de também atender aos novos requerimentos de consumo e à revolução tecnológica dos novos motores – à marca.
A ausência de proteção à marca viabiliza que outras empresas se insiram no segmento sem esforços na garantia de segurança e qualidade, conquistando fatias de mercado indevidamente e desestimulando a continuidade dos investimentos. Consequentemente, o consumidor perderá a referência de boas marcas e terá menos elementos de decisão na compra dos combustíveis como gasolina, diesel, etanol e GLP.
É totalmente equivocada a ideia de que a proteção à marca no mercado de distribuição de combustíveis seria anticoncorrencial. Ao contrário, há estudos que comprovam o aumento da concorrência em mercados onde existem marcas consolidadas, por meio da rivalidade entre elas. O mercado de distribuição de combustíveis no Brasil tem sido apresentado ao consumidor, de maneira estigmatizada, como concentrado e, portanto, com tendência à prática de cartel. Por isso alguns mitos precisam ser esclarecidos.
A dita concentração de mercado se refere ao conceito de oligopólio, que consiste na estrutura de mercado com poucas empresas em atuação. No Brasil, a distribuição de gasolina, diesel e etanol conta com mais de 200 distribuidoras e a do GLP, com 19, com forte concorrência regional. A existência de um número reduzido de empresas em dado segmento não é sinônimo de cartel e, como mostram os números, este não é o caso da distribuição de combustíveis.
À vista disso, cabe mais um esclarecimento: cartel é uma prática de mercado na qual as empresas concorrentes combinam a fixação de preços, quantidades, divisão de mercados, entre outras ações lesivas ao consumidor. Também configura uma conduta anticoncorrencial a prática da horizontalização. Portanto, práticas anticoncorrenciais, quando constatadas, devem ser reprimidas pela autoridade competente, que no caso do Brasil é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A literatura e a prática de mercado mostram que a mera constatação de preços idênticos não é, isoladamente, indício suficiente da existência de cartel. São necessários, além de dados econômicos, indícios factuais de que há ou houve algum tipo de acordo ou coordenação entre os empresários do setor para aumentar ou combinar o preço dos produtos ou serviços ofertados.
Como os combustíveis são homogêneos e a sua qualidade não é palpável no ato da compra, a manutenção de uma rede exclusiva de revendedores é um instrumento que as distribuidoras dispõem para preservar sua marca. Com a venda na rede de representantes de sua marca comercial, o distribuidor distingue o seu produto e assegura a oferta e a qualidade ao consumidor. A proliferação de revendedores independentes e multibandeiras amplia a concorrência e a possibilidade de escolha do consumidor sobre variáveis competitivas como preço e qualidade. Ou seja, o grande favorecido da existência de postos revendedores de marcas nacionais ou regionais e daqueles com marca local ou própria é o consumidor, que, além do arbítrio, dispõe da regulação e da fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na revenda, o País conta com 45 mil postos de gasolina, diesel e etanol e com 69 mil revendedores de GLP.
A força motriz do regime de mercado é a liberdade de escolha dos clientes e consumidores. É essa capacidade de livre escolha que impulsiona a competição entre as marcas e as multibandeiras.
DIRETOR DO CENTRO BRASILEIRO DE INFRAESTRUTURA (CBIE)

terça-feira, 7 de agosto de 2018

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Gás de cozinha tem queda de quase 9% em Campo Grande, aponta ANP


Gasolina, etanol e diesel também ficaram mais barato


Preços do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão, recuaram 8,63% no intervalo de quatro semanas em Campo Grande, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O custo médio do gás de cozinha ficou em R$ 69,94 na semana passada, frente a R$ 76,55 na última semana de junho. 
Ainda conforme o levantamento da ANP, o etanol teve redução de 4,19% no valor médio comercializado na Capital sul-mato-grossense, saindo de R$ 3,217, na semana de 24 a 30 de junho, para R$ 3,134 na semana encerrada no dia 21 deste mês.

Para a gasolina, o recuo foi ligeiramente menor (-3,83%), porém o consumidor campo-grandense encerrou a semana passada encontrando o litro do combustível por R$ 4,138. Quatro semanas atrás, o preço médio estava por R$ 4,303.
No caso do óleo diesel, o preço médio apurado pela ANP nos postos de Campo Grande foi de R$ 3,430 na semana passada, o que representa redução de 1,58% em quatro semanas (o valor comercializado no fim de junho estava em R$ 3,485).
Estado

Em Mato Grosso do Sul, o preço do gás de botijão apresentou recuo de 4,80% em quatro semanas, passando de R$ 76,40 para R$ 72,72 nos pontos de venda do Estado, conforme a ANP.
Em relação aos demais combustíveis,  o etanol foi o que apresentou maior percentual de queda no mesmo período pesquisado. O custo médio do derivado de cana ficou em R$ 3,228 o litro na semana passada, frente a R$ 3,351 na última semana de junho. 
Quanto à gasolina, a redução foi de 2,82% e o litro do combustível passou de R$ 4,390, na semana de 24 a 30 de junho, para R$ 4,266, na semana encerrada no dia 21 deste mês. 
O diesel também teve pequena redução no Estado (-1,59%) e fechou a semana passada custando, em média, R$ 3,474. Quatro semanas atrás, a média de preço do combustível estava em R$ 3,530 em Mato Grosso do Sul. 


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Preço do botijão de gás deve ser mantido no Grande ABC


Fonte: O Diário do Grande ABC




Mesmo com a expectativa de redução de R$ 0,23 no preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) em todo o Estado, o consumidor não deve sentir impactos no preço final do botijão de gás, pelo menos por enquanto. De acordo com a Asmirg-BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP), os comércios responsáveis pelas vendas diretas ao consumidor ainda não receberam este desconto.
A redução diz respeito a tabela publicada na última semana pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) do Ministério da Fazenda e que integra o ato Cotepe (Comissão Técnica Permanente). A medida visa harmonizar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no território nacional e conta com representantes de todos os Estados. A redução não é a mesma para todo o País, já que em Minas Gerais, por exemplo, o valor foi fixado em R$ 0,49 a mais.
Segundo comentou o presidente da Asmirg-BR, Alexandre José Borjaili, até o fechamento desta edição nenhuma revenda tinha sido informada da redução, mesmo com a publicação do ato na última sexta-feira. “Nos Estados em que houve aumento, isso já foi repassado para os revendedores. O gás de cozinha é uma pauta de interesse nacional, mas seu tratamento está longe de ser como um produto de utilidade pública. É necessária uma fiscalização maior nesta questão. O preço do mercado é livre, mas não é justo neste caso ele nem chegar até o consumidor”, disse.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço do botijão de gás de 13 quilos já é encontrado por até R$ 85 na região (veja mais na tabela acima), o que representa R$ 5 a mais do que no fim de junho. Conforme reportagem publicada pelo Diário no último mês, o preço máximo do produto chegava a R$ 80 em São Caetano.
O presidente do Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Natural Liquefeito), Sergio Bandeira de Mello, destacou que toda a redução, inclusive a do ICMS, deve chegar às empresas, porém sem determinar quando. Ele também destacou que o preço das refinarias não é a única variável que define o valor final do produto repassado ao consumidor, que também pode incluir outros gastos. “É de se esperar que as empresas repassem estes valores com certa rapidez. Mas é importante entender que ele (valor na refinaria) é apenas um dos componentes dos preços e que há outras pressões do mercado que podem ajudar a cair os preços, ou, por vezes, chegam a neutralizar estes efeitos.”
Atualmente, o valor do botijão na região chega a variar em até R$ 30. O preço mais barato é R$ 55, em Mauá – cidade que tem a menor média de preços, em R$ 58,68 –, e o mais caro, R$ 85, em São Caetano – maior preço médio de R$ 77,16 – ou seja, variação de 54,55%. Na semana de 2 a 8 de julho de 2017, o valor máximo encontrado para o gás de cozinha era de R$ 70, também em São Caetano, e o mínimo, de R$ 50, em São Bernardo. Ou seja, no período de um ano o aumento foi de pelo menos R$ 15 ou de 21,43%.


sexta-feira, 11 de maio de 2018

Copagaz realiza doação de computadores para órgão ligado à escola Politécnica da USP

Copagaz realiza doação de computadores para órgão ligado à escola Politécnica da USP: Ação promove o acesso à inclusão digital a jovens de baixa renda que não tem acesso à informática; e ambiental, na medida em que garante que as máquinas serão destinadas de forma correta no