Atualmente, o botijão é
vendido por R$ 37,00 e, com o novo aumento, deverá ficar próximo de R$ 40,00,
pesando ainda mais no bolso do consumidor.
Alexsandra Tavares Kleide Teixeira, Revendedores de gás de cozinha
alegam custos operacionais para revender o produto
O paraibano deve enfrentar mais um aumento nos próximos dias. Desta vez é a do botijão do gás de cozinha, ou GLP, que deverá ser reajustado em pelo menos 7% segundo o vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antonio Bezerra.
De acordo
com ele, o motivo da alta são os custos operacionais nas revendas do produto.
Atualmente, o botijão é vendido por R$ 37,00 e, com o novo aumento, deverá
ficar próximo de R$ 40,00.
Já em
Campina Grande, o preço do gás de cozinha terá um reajuste médio de 8,5% a
partir do dia 16 de abril.
De acordo
com o Sindicato dos Combustíveis de Campina Grande e Região o último reajuste
aconteceu em setembro do ano passado.
O botijão
do gás de cozinha na cidade está sendo comercializado entre R$ 35,00 e R$ 38,00
para a compra com o pagamento à vista.
Segundo o
vice-presidente do Sinregás-PB, Marcos Antonio, em setembro do ano passado
houve o dissídio coletivo dos trabalhadores dos derivados de petróleo que
tiveram aumento salarial entre 7% e 10%. Este ano a gasolina sofreu reajuste de
4%. Esses dois fatores, de acordo com ele, são as principais razões para o
aumento que deve chegar às casas dos paraibanos, mas ainda não há data
definida.
“O
aumento do botijão de gás virá, mas ainda não temos data porque o processo está
em estudo. O dissídio dos trabalhadores e a alta da gasolina influenciam muito
as revendas dos produtos. Atualmente estamos absorvendo estes aumentos, mas não
sabemos por quanto tempo. Vamos tentar puxar o reajuste para o mínimo de 7%,
mas estamos aguardando a estabilização do valor da gasolina, que de uma semana
para outra passou de R$ 2,49 para R$ 2,89”, disse Marcos Antonio.
O
vice-presidente do Sinregás-PB afirmou ainda que a alteração no preço do gás de
cozinha não depende, necessariamente, da autorização do governo federal.
“O
aumento só depende do Copom (Comitê de Política Monetária) quando há reajuste
nas refinarias, que não é o caso atual. Vamos aumentar agora por causa dos
custos consolidados com a revenda”.
A Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou, em nota,
que desde 2002 o gás de cozinha pode ser reajustado sem, necessariamente, a
participação do governo federal.
O último
reajuste do gás de cozinha ocorreu em setembro do ano passado por causa do
índice aplicado pelas distribuidoras que foi de 3,8% a 6%. Com isso, o produto
passou dos R$ 35,00 para R$ 37,00.
IMPACTO NO BOLSO
Segundo o economista Geraldo Lopes, se o reajuste se concretizar, o impacto será relevante na sociedade, principalmente naquelas de baixa renda. “Para as camadas mais carentes todo reajuste já é significativo. Isso porque a renda dessas pessoas já está comprometida com as contas mensais e mais um aumento representa perdas reais no custo de vida delas”, frisou.
O
economista lembrou ainda que no caso do gás de cozinha não há outra opção, a
não ser arcar com os custos. “Todo mundo hoje usa gás de cozinha, até no
interior as pessoas não utilizam mais fogão de lenha, então o jeito é comprar
mais caro”.
Agora,
deve haver o equilíbrio no reajuste entre os diversos setores da economia. “Se
em um setor o reajuste está defasado, não há como impedir o aumento pelo
próprio processo de competitividade”, disse.
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