Cinco pessoas morreram e ao menos outras 13 outras
ficaram feridas no incidente ocorrido no final da madrugada desta terça
Conjunto habitacional fica às margens da Avenida
Brasil, na Fazenda Botafogo
Rio - Uma explosão em uma
tubulação de gás da CEG em um prédio, na Fazenda Botafogo, na Zona Norte da
cidade, no final da madrugada desta terça-feira, matou cinco pessoas, entre
elas uma criança, e deixou outros 13 feridos. O imóvel integra um conjunto
habitacional localizado na Rua Omar Fontoura, 40, e fica na altura da Rua Pedro
Jório e às margens da Avenida Brasil.
Por conta da explosão vários
apartamentos ficaram destruídos. De acordo com os moradores, o cheiro de gás já
era sentido desde o ano passado. Outros afirmaram aos bombeiros que a CEG vem
fazendo obras de mudança nas tubulações.
Homens dos quartéis do Corpo
de Bombeiros de Irajá, Ricardo de Albuquerque, Campinho e Parada de Lucas
atuaram no local. Segundo as primeiras informações, a explosão teria ocorrido
no primeiro andar do prédio. Segundo os militares, o primeiro pavimento foi o
mais afetado. As causas somente serão conhecidas após investigações da Polícia
Civil. O prédio atingido, de cinco andares, teve as fundações abaladas e corre
o risco de desabar, segundo avaliação inicial da Defesa Civil Municipal, que
interditou a área. Às 7h15, o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta,
reconheceu, no local, que o bloco afundou parcialmente, mas que não há perigo
imediato de desmoronamento. Mesmo assim, o imóvel foi interditado por tempo
indeterminado.
Integrado por 86 prédios, o conjunto
habitacional foi construído na década de 70. Nele moram cerca de 17 mil
pessoas. O bloco mais danificado é o de número 38. Em cada um dos cinco
andares, há oito apartamentos. Os moradores, muito assustados, apontam para
rachaduras em colunas e paredes, ainda temendo o desabamento. Vários
apartamentos de blocos no entorno tiveram janelas e portas deslocadas, com o
impacto. O apartamento atingido pela explosão está isolado.
Das vítimas fatais, segundo os
bombeiros, três morreram no local e outras duas a caminho do hospital. Os
feridos foram encaminhados para os hospitais Carlos Chagas, em Marechal
Hermes, Albert Schweitzer, em Realengo; e Getúlio Vargas, na Penha.
Em nota a CEG informou que já
está no local para inspecionar a área e a tubulação. Ainda segundo a empresa, o
fornecimento de gás para todo o condomínio residencial foi interrompido. De
acordo com o comunicado, as causas da explosão ainda são desconhecidas, e,
para a CEG, qualquer informação no momento é prematura.
Em entrevista ao Bom
Dia Rio, da "TV Globo", Cristiane Delart, gerente de gestão de
rede da CEG afirmou que os moradores acionaram a empresa às 5h e que os agentes
da companhia chegaram ao local meia hora depois do incidente. Questionada sobre
o cheiro de gás, que segundo moradores estariam sendo sentidos há pelo menos um
ano, Delart informou que não sabe se os moradores teriam ligado para a
companhia. "Estamos tentando levantar todas as informações para mais
detalhes do ocorrido. Qualquer informação sobre a explosão, a princípio, é prematura",
afirmou.
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