terça-feira, 2 de julho de 2013

Dispositivo instalado nos botijões é acionado a tempo














Chamas de quase dois metros assustaram quem passava pelo local e incidente em restaurante em Icaraí só não é maior porque dispositivo instalado nos botijões é acionado a tempo

Um vazamento em quatro botijões de gás em um restaurante na Rua Gavião Peixoto, número 152, em Icaraí, Niterói, provocou labaredas de fogo de quase dois metros de altura, por volta das 8h30 de sábado. O restaurante fica embaixo de um edifício residencial de 14 andares. Os moradores de 48 unidades precisaram evacuar o prédio às pressas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros só não aconteceu uma explosão devido o fogo ter consumido o gás. Ninguém ficou ferido.

“Quando chegamos ao local havia quatro botijões com labaredas, tivemos que retirá-los ainda com fogo, porque se não correria o risco de explosão, o que só não aconteceu porque os dispositivos de segurança dos botijões funcionaram e o próprio fogo consumiu o gás”, explicou o tenente Tavares. A causa do vazamento ainda é desconhecida.

O estabelecimento, o qual não tem identificação, fica ao lado do restaurante Art Massas e de acordo com moradores é do mesmo proprietário. Os restaurantes foram interditados, segundo os Bombeiros pela não apresentação da aprovação do Corpo de Bombeiros e pelo local de acondicionamento de gás estar irregular, em um espaço pequeno e não arejado. Os militares apreenderam do restaurante onde aconteceu o acidente dez botijões de gás de 13 quilos e do restaurante Art Massas seis botijões de 45 quilos e cinco de 13 quilos.

Segundo o tenente Tavares os restaurantes foram notificados e terão um prazo de cinco dias para apresentar a aprovação do Corpo de Bombeiros, caso não apresentem podem ser multados em até R$500.

“Os funcionários alegaram que a aprovação do Corpo de Bombeiros está com o contador. Eles só poderão voltar a funcionar depois que apresentarem essa documentação, e para a utilização de gás somente quando se adequarem ao Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP), que exige que o local de acondicionamento de gás seja no térreo, em local arejado e fora de projeção, ou seja, não pode haver uma construção em cima”, disse.

O tenente Tavares explicou ainda que não há a obrigatoriedade de haver saída de emergência. A mesma só é exigida quando o restaurante possui música ao vivo.

Tumulto e correria- O proprietário do estabelecimento não foi encontrado no local e funcionários preferiram não se pronunciar. O síndico do edifício em cima ao restaurante, o publicitário Carlos Henrique Azeredo, de 48 anos, conta que no momento que viram as labaredas a maioria dos moradores desceu do prédio temendo que uma explosão pudesse acontecer.“Todo mundo achou que fosse pegar fogo em tudo, o cheiro de gás era muito forte. Todos os moradores desceram, e a maioria é idoso, tem gente de cadeira de rodas. Foi um tumulto. Não era nem para existir restaurante aqui, a convenção do prédio proíbe, ainda mais nessas condições”, disse.

“Eu levei um susto muito grande, acordei com uma vizinha gritando: ‘fogo, fogo’. Desci correndo com minhas filhas, avisei ainda a algumas pessoas. Mas graças a Deus os botijões não chegaram a explodir”, disse a psicóloga Luciana Oliveira, que também mora no edifício em cima do restaurante.


Priscilla Aguiar




Fonte:

http://www.ofluminense.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário